Reforma tributária
Os Estados continuam com a mesma ganância de tributação – ICMS só vai mudar de nome, é o vilão dos tributos no brasil.
Dólar em Alta e BACEN vende reservas
Estagnação da economia no mercado real faz do brasil um país de especulação do capital especulativo.
A Reforma tributária atribui mais carga ao consumo . Podemos considerar essa reforma como um falácia.
Vamos entender:
A reforma tributária, no Brasil, tem sido um tema constante de discussão, principalmente no que se refere à simplificação do sistema de impostos e suas consequências sobre a economia e o custo de vida. Em um país com uma carga tributária elevada e um sistema complexo como o brasileiro, mudanças podem gerar tanto benefícios quanto desafios.
Reforma Tributária e o ICMS
A reforma tributária tem como um dos objetivos principais a simplificação do sistema de impostos, incluindo a unificação de tributos estaduais e federais em um único imposto sobre o consumo, conhecido como Imposto sobre Valor Agregado (IVA). Isso poderia, em teoria, melhorar a transparência e a eficiência do sistema, reduzindo os custos de conformidade para as empresas.
Entretanto, o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços), que é um imposto estadual, ainda pode continuar sendo um “vilão” para o custo dos bens de consumo, mesmo com a reforma tributária, por diversos motivos:
- Manutenção da sua carga tributária: Embora a reforma busque simplificar, o ICMS continuará sendo um imposto relevante, sendo que sua alíquota pode ser elevada, dependendo do estado. Esse imposto é um dos maiores responsáveis pelo aumento do preço dos bens, já que incide em várias etapas da cadeia de produção e circulação.
- Distorções regionais: O ICMS é um imposto estadual, o que significa que há uma grande variação nas alíquotas entre os estados, o que pode causar distorções no preço dos produtos. A unificação de tributos pode diminuir essas diferenças, mas elas podem ainda existir.
- Transição e adaptação: Durante a implementação da reforma, pode haver uma fase de transição em que as empresas terão de se adaptar à nova estrutura tributária. Isso pode gerar incertezas e custos adicionais, que podem ser repassados ao consumidor.
Consequências no Preço dos Bens de Consumo
A principal consequência da reforma tributária no preço dos bens de consumo é que, dependendo de como o novo sistema for implementado, pode haver uma redução ou aumento nos preços. A eliminação de alguns impostos em cascata, como o ICMS sobre a comercialização de bens, pode resultar em uma diminuição de custos em alguns setores. No entanto, a unificação de tributos pode resultar em aumentos de custo em outros, principalmente para bens ou serviços que hoje estão com uma tributação mais baixa.
- Aumento de Preços de Produtos com Alta Incidência de ICMS: Para setores que hoje pagam uma alíquota elevada de ICMS, a reforma pode resultar em um aumento nos preços, especialmente se a alíquota do novo imposto unificado for maior que a atual.
- Redução de Preços em Produtos com Menor Incidência de ICMS: Produtos que hoje são pesados pelo ICMS em várias etapas podem ter uma redução de preços com a simplificação, dependendo da nova alíquota do IVA.
- Impacto nos Serviços: O ICMS incide principalmente sobre mercadorias, enquanto a reforma tributária deve também alterar a forma como os impostos incidem sobre os serviços. Isso pode resultar em uma mudança no custo de diversos serviços que fazem parte do cotidiano das pessoas, como transporte e educação, impactando o preço geral de consumo.
O Papel das Empresas
As empresas, principalmente as pequenas e médias, podem enfrentar dificuldades para se adaptar à reforma tributária, uma vez que a implementação de um novo sistema pode gerar custos de conformidade, treinamento e ajustes nos sistemas fiscais. Esses custos podem ser repassados para os consumidores, o que poderia neutralizar parte dos benefícios da reforma.
Conclusão
A reforma tributária tem o potencial de melhorar a eficiência econômica e reduzir a complexidade do sistema, mas o ICMS continuará sendo um fator importante a ser considerado no preço dos bens de consumo, devido à sua relevância para o financiamento dos estados e à complexidade do próprio sistema de tributação. O impacto exato no preço dos produtos dependerá da forma como a reforma for estruturada e implementada. O monitoramento contínuo da transição será crucial para evitar impactos negativos para os consumidores, especialmente em um cenário de inflação e aumento de custos de vida.